O hepatocarcinoma, sexto tipo mais prevalente e terceira principal causa de morte câncer no mundo têm nas infecções virais pelas Hepatites B e C duas das suas principais causas. Em alusão ao World Hepatitis Day – a ser celebrado em 28 de julho – especialistas alertam para a importância da prevenção. Brasil dispõe de programa nacional de vacinação contra o vírus da Hepatite B e, embora não haja vacina contra a hepatite C, pesquisas nesta área estão em curso. Prevenção inclui não consumir bebidas alcoólicas em excesso, não fumar e evitar obesidade e alimentação rica em gordura
Infecções evitáveis ou tratáveis provocadas por vírus, bactérias ou parasitas estão relacionadas com um sexto dos 14,1 milhões de novos casos de câncer por ano no mundo. Com base em dados epidemiológicos em comparação com o levantamento Globocan 2012, estima-se que as infecções provocadas pelas hepatites B e C fazem parte de um grupo de infecções também composto pelo papilomavírus humano (HPV) e pela bactéria estomacal Helicobacter pylori (H.pylori) que, somados, estão presentes em mais de dois milhões de novos casos de câncer por ano. O hepatocarcinoma (também conhecido como carcinoma hepatocelular – doença que representa 80% dos casos de câncer de fígado) tem em mais de metade dos casos (podendo chegar a 70% em alguns grupos populacionais) a influência direta das infecções pelos vírus das hepatites B e C.
Com base nisso, o A.C.Camargo está engajado no World Hepatitis Day – www.worldhepatitisday.org, a ser celebrado em 28 de julho – alertando a população para a importância de se prevenir este tumor por meio da conscientização sobre como se evitar estas infecções virais. O hepatocarcinoma é o sexto tipo mais prevalente e a terceira principal causa de morte por câncer no mundo, segundo a American Cancer Society. No Brasil, de acordo com o INCA, são mais de 8 mil mortes anuais, sendo mais de 5,5 mil na população masculina.
De acordo com Felipe Coimbra, a principal característica do hepatocarcinoma – que, aliás, é o que o torna mais complexo – é o fato dele se desenvolver, na maioria das vezes, num cenário de outra doença grave, que é a cirrose hepática. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que cerca de 780 mil pessoas morrem a cada ano a partir de infecção por hepatite B, sendo 650 mil de cirrose e câncer de fígado decorrentes de hepatite B crônica e outros 130 mil de hepatite aguda. O vírus da hepatite C, por sua vez, acomete 2% da população mundial, sendo mais comum nas Américas, Europa e Japão. Embora não haja vacina contra a hepatite C, mais de 90% das nações ligadas à OMS, dentre elas o Brasil, têm um programa nacional de vacinação contra o vírus da hepatite B, que precisa ser tomada em três doses para haver uma imunização completa.
SAIBA MAIS
HEPATITE B
– A hepatite B é uma infecção viral que ataca o fígado e pode causar tanto a doença aguda e crônica
– O vírus é transmitido por meio de contato com o sangue ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada.
– Estima-se que 240 milhões de pessoas no mundo são cronicamente infectadas com hepatite B.
– Cerca de 780 mil pessoas morrem a cada ano a partir de infecção por hepatite B.
– A hepatite B é um risco ocupacional importante para os trabalhadores de saúde.
– Pode ser prevenida pela vacina segura e eficaz, disponível em programação nacional de vacinação.
HEPATITE C
– A hepatite C é uma doença do fígado causada pelo vírus da hepatite C
– O vírus pode causar tanto a infecção aguda quanto a crônica, que variando em gravidade de uma doença leve com a duração de algumas semanas a uma doença grave, que persiste ao longo da vida.
– O vírus da hepatite C é um vírus de transmissão sanguínea/sexual e os modos mais comuns de infecção são por meio de práticas de injeção e sexo inseguros; esterilização inadequada de equipamentos de saúde e produtos sanguíneos sem blindagem.
– Estima-se que entre 130 e 150 milhões de pessoas têm hepatite C crônica em todo o mundo, sendo que um número significativo de pessoas que sofrem de infecção crônica vai desenvolver cirrose hepática ou câncer de fígado.
– Estima-se que 350 a 500 mil pessoas morrem a cada ano de doenças hepáticas relacionadas com a hepatite C.
– Medicamentos antivirais podem curar a infecção de hepatite C, mas o acesso ao diagnóstico e tratamento é baixo. O tratamento antiviral é bem sucedido em 50% a 90% dos doentes tratados, dependendo do tratamento usado. Estes medicamentos, segundo estudos, são capazes também de reduzir o desenvolvimento de câncer de fígado e cirrose.
– Atualmente, não há vacina para a hepatite C, porém pesquisas nesta área estão em curso.
FONTE: Organização Mundial de Saúde (OMS)
HEPATOCARCINOMA
FATORES DE RISCO – Etilismo crônico, tabagismo, obesidade, excesso de gordura no fígado e infecção pelos vírus das hepatites B e C.
SINTOMAS – Os principais sintomas de hepatocarcinoma são dor abdominal, massa abdominal, distensão, perda de peso sem explicação, perda de apetite, mal-estar, icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos) e ascite (acúmulo de líquido no abdômen).
PREVENÇÃO – Não fumar, beber com moderação, adotar o hábito de uma alimentação equilibrada, praticar atividade física e sexo, sempre com proteção. Estar atento a um possível quadro de cirrose, pois ele pode desencadear um tumor de fígado, principalmente do tipo hepatocarcinoma. Tomar a vacina contra o vírus da hepatite B, disponível no calendário nacional de vacinação.
DIAGNÓSTICO – O diagnóstico deste tumor é feito pela associação de exames de imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear Magnética) e laboratoriais (dosagem de Alfafeto-proteína – uma substância produzida pela maior parte destes tumores). Eventualmente, uma biópsia de lesões suspeitas pode ser necessária. O PET-CT tem se demonstrado útil no estadiamento e decisão terapêutica em casos selecionados. Geralmente a doença é pouco sintomática nas fases iniciais e quando os principais sintomas aparecem, já indicam doença em fase não inicial, incluindo a perda de peso, o aumento do volume abdominal (acúmulo de líquido dentro do abdômen – ascite) e a icterícia (coloração amarelada dos olhos e da pele pelo acúmulo de bilirrubina no organismo). Quadros de Hepatite B ou C, como citado acima, precisam ser tratados por um especialista, pois podem gerar quadros de cirrose ou levar ao desenvolvimento de hepatocarcinoma. Mais de 70% dos casos de câncer de fígado são diagnosticados em fases mais avançadas.
TRATAMENTO – O carcinoma hepatocelular é passível de cura apenas em casos elegíveis para ressecção cirúrgica (retirada do tumor) ou por transplante hepático, opções que são possíveis para uma minoria dos casos, pois 70% dos pacientes são diagnosticados em fases mais avançadas da doença. Para estes casos mais agressivos, a quimioembolização é indicada em 20% dos casos, o tratamento sistêmico – especialmente com sorafenibe – para 40% dos pacientes e os demais pacientes recebem a indicação de cuidado paliativo exclusivo. Com proposta curativa, o transplante hepático é indicado para pacientes com tumor de até 5 centímetros ou até três tumores com no máximo 3 centímetros de diâmetro. Há também uma terapia-alvo aprovada em primeira linha para este tumor, que é o tosilato de sorafenibe (Nexavar), medicamento que foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2009 para o tratamento de câncer de fígado localmente avançado. Trata-se de um medicamento administrado oralmente pertencente à classe de drogas denominadas inibidores da quinase, interferindo no crescimento de alguns tipos de células de câncer, agindo também na diminuição de novos vasos sanguíneos no tumor.
Sobre o A.C.Camargo Cancer Center – Instituição privada sem fins lucrativos, criada em 1953 por Antônio e Carmen Prudente, é um dos maiores centros mundiais em prevenção, diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa do câncer. De forma integrada e interdisciplinar, atende pacientes vindos de diversas partes do país e exterior.
Em 2012, conquistou a Certificação Internacional pelo Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA). Também conquistou a certificação ISO 14001, firmando seu compromisso com a responsabilidade ambiental. O selo de qualidade ambiental ratifica que o A.C.Camargo atua de acordo com os rigorosos padrões estabelecidos pela Norma ABNT ISO. Em 2013 foi apontado, pela edição 500 Melhores Empresas da revista IstoÉ Dinheiro, uma das melhores em Saúde e pelo Anuário Valor 1000 uma das cinco instituições mais importantes no segmento de serviços médicos. Também foi eleito a Instituição do Ano pelo Prêmio Saúde 2013, promovido pela Revista Saúde! É Vital. Em 2014 recebeu o prêmio Valor 1000 pelo melhor desempenho do setor de Serviços Médicos e foi eleito pela sexta vez uma das melhores empresas para você trabalhar do Guia Você S/A Exame.
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Fonte: A.C.Camargo – 29.07.2015