Este conteúdo é de autoria de um hospital associado à Anahp

Pequeno Príncipe investe R$ 1,8 milhão em novos equipamentos para circulação extracorpórea

Usadas nos EUA e na Europa, as máquinas de última geração foram compradas com recursos doados pelo governo do Paraná e estão em uso desde junho

O Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital exclusivamente pediátrico do país, investiu R$ 1,8 milhão na aquisição de dois novos equipamentos para circulação extracorpórea. Os recursos foram doados à instituição pelo governo do Paraná, por meio de um convênio assinado com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Amplamente utilizadas nos Estados Unidos e Europa, as máquinas são do modelo 5S HLM (heart lung machine), o único que atende às recomendações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea (SBCEC).

O Pequeno Príncipe é a 3.ª instituição brasileira a adquirir esse equipamento para o uso na pediatria e o único na Região Sul do país. “Precisamos trabalhar cada vez mais com precisão e tecnologia. A substituição desses equipamentos possibilita que os procedimentos médicos sejam realizados com maior segurança e melhor resultado”, explica o diretor-técnico do Pequeno Príncipe, Donizetti Dimer Giamberardino Filho.

Em uso desde junho desde ano, os equipamentos possibilitam que os procedimentos médicos sejam realizados com maior segurança e melhor resultado. Atualmente, mais de 80% das cirurgias cardíacas utilizam a máquina, também empregada em cirurgias intracardíacas ou transplantes de órgãos.

“Agradecemos ao secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto e ao governador Ratinho, por proporcionar às crianças do Paraná este passo que nos nivela com os principais hospitais pediátricos do mundo”, aponta José Álvaro Carneiro, diretor corporativo do Pequeno Príncipe.

Vantagens

Segundo o cirurgião cardíaco do Pequeno Príncipe, Fábio Navarro, as novas máquinas apresentam uma série de vantagens técnicas que beneficiam, inclusive, cirurgias em bebês com poucos dias de vida. Além disso, o uso das novas máquinas também pode favorecer uma recuperação mais rápida e reduzir os riscos de complicações e mortalidade em cirurgias mais complexas. Entre as características estão:

  • Sistema de alarmes sonoros e visuais, que detectam bolhas e controlam o nível e a temperatura do sangue, importante para evitar complicações como as embolias;
  • O controle da temperatura do sangue é fundamental, pois permite a melhor preservação de órgãos vitais, como o cérebro. Na máquina, é feito por meio de um trocador de calor externo de alta performance e de sensores precisos para o monitoramento das temperaturas;
  • Sistema de calibragem das bombas de roletes extremamente preciso, reduzindo lesões nas células sanguíneas, preservando a qualidade do sangue;
  • Monitoramento sanguíneo contínuo a cada seis segundos;
  • Blender (misturador de gases) eletrônico, de alta precisão, que garante o mix ideal entre gases para uma oxigenação de alta qualidade no sistema sanguíneo durante a circulação extracorpórea.

Como funciona

A circulação extracorpórea é um procedimento que consiste na substituição temporária do coração e dos pulmões por uma máquina durante complexas cirurgias cardíacas. O sangue não oxigenado do paciente é desviado para essa máquina, na qual é reoxigenado e bombeado novamente para o corpo, conforme a ilustração abaixo:

Fonte: Hospital Pequeno Príncipe

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