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O tempo certo para salvar o coração

No Dia mundial do coração, Mater Dei alerta para a importância de identificar os sintomas e do atendimento rápido

Na terça-feira, 29 de setembro, é celebrado o Dia Mundial do Coração. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde – OMS para conscientizar sobre as doenças cardíacas, principal causa de mortes em todo o mundo. A Rede Mater Dei de Saúde aproveita a data para alertar a população sobre a importância de se cuidar, prestar atenção aos sintomas e ter um atendimento rápido. 

“Apenas um terço dos pacientes com infarto, apresentam a clássica dor torácica. Outros sintomas podem levantar a suspeita do infarto como a dor abdominal, a dor nos braços, o mal-estar, as náuseas, entres outros” explica o cardiologista Henrique Patrus, coordenador da equipe de cardiologia do Pronto-socorro do Mater Dei Contorno. O médico acrescenta que a população idosa representa um grande desafio neste contexto. “Há um progressivo envelhecimento da população e um aumento da incidência de infarto nessa faixa etária e, nos idosos, a apresentação clínica é bem menos típica, exigindo uma análise mais apurada por parte do cardiologista”, explica.

A regra é mesmo se cuidar! Praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável, fazer exames regulares e prestar atenção aos sinais do corpo. De acordo com Henrique Patrus, é preciso uma educação da população em torno dos cuidados com a saúde relacionada às doenças cardiovasculares. “É importante valorizar os sintomas, porque no Hospital nós fazemos a nossa parte. O Mater Dei realiza o atendimento com agilidade dentro de padrões internacionais”, afirma o médico.

Para garantir qualidade e agilidade do atendimento prestado ao infartado, o Hospital Mater Dei desenvolveu o indicador Tempo Porta-balão – TPB, que mensura a qualidade do atendimento à vítima de infarto agudo do miocárdio. O TPB também monitoriza desde a hora da chegada do paciente ao hospital (tempo Porta) até o efetivo tratamento na sala de hemodinâmica por meio da angioplastia, procedimento que desobstrui a artéria culpada pelo infarto e restabelece o fluxo sanguíneo e oxigenação da célula do coração. Para isso, a angioplastia utiliza um dispositivo chamado balão, o que explica a origem do termo Tempo-balão. 

De acordo como cardiologista Henrique Patrus, o indicador Tempo Porta-balão é muito importante para a agilidade do atendimento. “Quanto mais rápido for o atendimento ao paciente com infarto, melhor será a sua evolução, e maiores serão as chances de prevenir a insuficiência cardíaca e de reduzir a mortalidade”, afirma. O médico acrescenta que “no infarto do coração, há uma obstrução da artéria que irriga o músculo cardíaco. Sem receber o sangue com oxigênio e nutrientes, a célula deste músculo entra em sofrimento e, logo depois, morre. Com a morte dessas células, o músculo enfraquece e perde a capacidade de contração, levando à insuficiência cardíaca, que se manifesta no indivíduo com uma menor capacidade para fazer atividades físicas, falta de ar e cansaço. Em muitos casos, o sofrimento celular por ocasião do infarto, pode também levar a uma desorganização do ritmo cardíaco e à morte súbita. Portanto, quanto mais rápido e preciso for o atendimento médico, mais precocemente poderá ser restabelecido o fluxo sanguíneo, mais células musculares serão preservadas, menores serão as sequelas e menor será o risco de morte devido a uma arritmia. Como costumamos dizer para o infartado: tempo é músculo, tempo é vida”.

Com a implantação do Tempo Porta-balão, desde 2013, o Mater Dei tem conseguido realizar o atendimento em caso de infarto do miocárdio em menos de 90 minutos, dentro do parâmetro de qualidade dos hospitais do mundo e que garantem o menor grau de sequelas e menor mortalidade, em caso de infarto. 

“Ao implantarmos o Tempo Porta-balão, reconhecemos que este é um processo composto de múltiplas etapas, isto é, está dividido em sub-processos, como: recepção e cadastro; atendimento de enfermagem e classificação quanto à prioridade de atendimento; atendimento médico; realização do eletrocardiograma; decisão médica e acionamento do especialista hemodinamicista; admissão no setor de Hemodinâmica; realização do cateterismo cardíaco e angioplastia coronariana (abertura da artéria). Este é um trabalho multidisciplinar e que exige integração de diversos setores do Hospital, em benefício do paciente”, explica o cardiologista.  

Fonte: Rede Mater Dei de Saúde – 29.09.2015

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