Entre os dias 23 e 24 de outubro, a cidade de São Paulo sediará Simpósio Internacional de Imagem em Oncologia que discutirá, entre outros temas, as condutas mais eficazes diante dos nódulos pulmonares e outros achados incidentais em órgãos como o fígado e pâncreas. O Objetivo é discutir as diretrizes para investigação destes nódulos, debater a possível eficácia de políticas de rastreamento e evitar tratamentos desnecessários. Também estarão em pauta as novas aplicações em radiologia intervencionista
A realização de exames radiológicos de rotina resulta em uma grande ocorrência de achados incidentais como nódulos no pulmão, fígado, pâncreas, glândula supra-renal e em outras partes do corpo. Por sua vez, especialistas alertam que, na maioria dos casos, estas lesões são benignas e não demandam tratamento. O importante é estratificar os tumores e definir as diretrizes de investigação e manejo destes pacientes. Este será um dos temas centrais do II Simpósio Internacional de Imagem em Oncologia – Personalizando o Cuidado Através da Imagem, que acontecerá nos dias 23 e 24 de outubro no Auditório do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Dentre os convidados internacionais estarão os radiologistas Jonathan Gerald Goldin, diretor do Departamento de Radiologia e co-diretor do Laboratório de Pesquisa de Imagem do Tórax do UCLA Medical Center, em Santa Monica e Jay Paul Heiken, Professor do Departamento de Radiologia do Mallinckrodt Institute of Radiology, em Saint Louis, ambos nos Estados Unidos. A programação científica é coordenada pelo radiologista e diretor do Departamento de Diagnóstico por Imagem do A.C.Camargo, Rubens Chojniak. As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.accamargo.org.br/evento-detalhe/simposio-imagem/166 .
Os nódulos pulmonares são achados incidentais comuns em exames de rotina como a radiografia de tórax. “Exames radiológicos são feitos com frequência, por vários motivos, e é importante estarmos atualizados com relação às diretrizes de investigação dos achados incidentais. Alguns achados podem ser cânceres, mas, na maioria deles, a lesão é benigna. Devemos saber quais delas merecem investigação, minimizando o estresse e o risco de intervenções desnecessárias. Este evento será uma grande oportunidade para debatermos quais devem ser as diretrizes para cada caso”, destaca Rubens Chojniak.
Os achados incidentais não são exclusividade do pulmão. O radiologista Jay Paul Heiken, com ampla expertise em diagnóstico por imagem de tumores abdominais, compartilhará sua experiência com o manejo de pacientes com achados incidentais no fígado, pâncreas, e glândulas supra-renais. “Jay Heiken é uma das maiores referências internacionais na investigação de nódulos e outras alterações em pacientes doenças hepáticas crônicas, condição que predispõe a um risco aumentado para desenvolvimento de câncer de fígado. É um grande desafio rastrear e diagnosticar estas lesões e todos aprenderão muito com ele”, acredita Chojniak.
Uma das questões que será debatida no evento é a eficácia de se adotar uma política pública de rastreamento de grupos de risco para desenvolvimento de câncer de pulmão, visando diagnosticar tumores mais iniciais nesta população e que essa ação resulte em queda de mortalidade pela doença. Dentre as evidências de que o rastreamento cumpriria esta missão com eficácia está um artigo – http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1102873 – publicado no The New England Journal of Medicine. Neste trabalho, realizado por 33 centros médicos dos Estados Unidos, foram incluídos 53 mil indivíduos com alto risco para câncer de pulmão. Eles foram submetidos ao screening (rastreamento populacional) por tomografia computadorizada (CT) e radiografia de tórax. Observou-se a redução de 20% da mortalidade por câncer entre os indivíduos submetidos à CT.
O estudo identificou que o custo-benefício é maior não só na população de alto risco (indivíduos com alta carga tabágica – grande número de cigarros fumados por dia – como também em mulheres, talvez por elas terem uma expectativa de vida mais elevada. Por sua vez, Rubens Chojniak ressalta que esse estudo foi feito em centros internacionais de excelência, com protocolos de investigação e tratamento bem estabelecidos, e devemos nos certificar de que os mesmos resultados possam ser obtidos a nível populacional e em outros países. “No Brasil, por exemplo, como temos elevada incidência de doenças pulmonares infecciosas, a adoção do mesmo programa de rastreamento poderia resultar na identificação de um número maior de nódulos e, consequentemente, uma taxa maior de resultados falsos-positivos e investigações”, acrescenta Chojniak.
Atualmente no Brasil, explica Chojniak, apesar de ainda não incorporado como política de saúde pública, o rastreamento de câncer de pulmão já tem sido oferecido seletivamente para pacientes com alto consumo acumulado de tabaco.
NOVAS ABORDAGENS – Além dos debates referentes aos achados incidentais e políticas de rastreamento, o Simpósio trará discussões sobre novas abordagens que conciliam diagnóstico, prognóstico e tratamento. É o caso, por exemplo, do desenvolvimento de novos fármacos para exames metabólicos e de novas técnicas de radiologia intervencionista.
Em sua participação, o radiologista Jonathan Goldin falará sobre as ferramentas de imagem que podem ajudar a refinar o estadiamento da doença e monitoramento da resposta ao tratamento nos tumores torácicos. Nesta linha, despontam novos exames metabólicos, que teriam potencial para serem incorporadoras na rotina clínica. “Assim como o FDG, que é um fármaco adotado no exame de PET-CT, outros radiofármacos tem sido estudados com o diferencial de poderem ser marcadores de tumores específicos”, vislumbra Rubens Chojniak.
Paralelamente às discussões no Auditório, haverá uma sala especial para realização de Painel sobre os avanços em radiologia intervencionista. Em pauta estarão temas como as modalidades de ablação e técnicas minimamente invasivas que estão sendo implantadas nesta área. De acordo com Chojniak, a radiologia intervencionista é mais empregada para lesões hepáticas e pulmonares, tumores renais e metástases ósseas. “E a indicação é crescente. A cada momento surgem novas evidências de que mais pacientes são elegíveis. Em razão disso, é fundamental sabermos qual é a técnica indicada e de qual forma, intensidade e frequência de sessões que devemos adotar para cada caso”, explica. As técnicas de radiologia intervencionista mais comumente usadas na terapia oncológica são a ablação percutânea por radiofrequência e as técnicas de embolização intravascular.
SERVIÇO
II Simpósio Internacional de Imagem em Oncologia
Realização: A.C.Camargo Cancer Center
Data: 23 e 24 de outubro de 2015
Local: Auditório Senador José Ermírio de Moraes, no A.C.Camargo
Endereço: Rua Professor Antônio Prudente, 211, Liberdade, São Paulo-SP
Programação e inscrições: http://www.accamargo.org.br/evento-detalhe/simposio-imagem/166
Cobertura de imprensa: [email protected]
Sobre o A.C.Camargo Cancer Center – Desde sua fundação, em 1953, pelo casal Antônio e Carmen Prudente, o A.C.Camargo Cancer Center tem sua atuação pautada em prevenção, tratamento, ensino e pesquisa do câncer, posicionamento que traduz uma Instituição que reúne todos os âmbitos da Oncologia, da bancada de pesquisa ao leito de cada paciente. Instituição privada sem fins lucrativos, mantida pela Fundação Antônio Prudente, o A.C.Camargo Cancer Center é atualmente é um dos maiores centros integrados oncológicos do mundo.
Ao todo, estão envolvidos diretamente mais de 4.400 colaboradores, contemplando um corpo assistencial formado por 584 médicos, além de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas, psicólogos e uma experiente equipe de enfermagem e de nutricionistas, que atuam de forma interdisciplinar, engajados com a missão de combater o câncer paciente a paciente.
Em 2014, realizou 3,5 milhões de atendimentos, sendo 62% dedicados aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o que reitera seu compromisso social, que é expresso também no âmbito da prevenção do câncer por meio das ações de conscientização para a sociedade e do Programa de Prevenção e Diagnóstico Precoce do câncer.
Além da sede em São Paulo, dispõe ainda de duas unidades satélites, sendo uma na cidade de São Paulo e outra em Santo André. O seu Centro Internacional de Pesquisa (CIPE), concentra 130 profissionais dedicados à ciência em oncologia. O A.C.Camargo ocupa o primeiro lugar no ranking mundial do Scimago entre as instituições de saúde brasileiras que mais publicam nas revistas científicas de maior influência e impacto. Em 2014, esse trabalho resultou em 163 artigos publicados.
O espírito formador de especialistas e conhecimento científico acompanha o A.C.Camargo desde o início de sua história, já que em 1953 também nasceu o primeiro Programa de Residência Médica em Oncologia do país, com 1.160 especialistas formados ao longo de seis décadas. Ainda no âmbito do ensino, a Pós-Graduação do A.C.Camargo, iniciada em 1997, foi a primeira do Brasil na área de Oncologia a ser mantida por uma instituição privada não associada a uma Universidade e soma 525 mestres e doutores formados desde sua criação.
O A.C.Camargo é certificado pela ONA, pela Canadian Council on Healthn Services Accreditation, selo de qualidade que atesta as melhores práticas da medicina mundial e pela International Organization for Standardization, ISO 14001, selo relativo ao sistema de gestão ambiental. Em 2014 recebeu o prêmio Valor 1000 pelo melhor desempenho do setor de Serviços Médicos, o Hospital Destaque-Capital pela Secretaria de Estado da Saúde e foi eleito pela sexta vez uma das melhores empresas para você trabalhar do Guia Você S/A Exame.
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Fonte: A.C.Camargo – 11.09.2015