Contando histórias: Projeto Dodói visa humanizar o atendimento de crianças com câncer

A fim de humanizar o atendimento de crianças com câncer e fornecer uma comunicação clara sobre a doença e suas etapas de tratamento, de modo lúdico e criativo, surgiu o Projeto Dodói

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que foram diagnosticados mais de 12 mil novos casos de câncer infantil no Brasil no ano de 2019. As leucemias aparecem como o tipo de câncer mais comum (26%), seguidas pelos linfomas (14%) e sistema nervoso central (13%). O grande diferencial nesses casos é que os jovens (até 19 anos) apresentam uma resposta melhor aos tratamentos utilizados e têm uma taxa de sobrevida de 64%.

Apesar dessa “vantagem” que as crianças apresentam, os períodos de internação para o tratamento têm grande impacto emocional.um impacto emocional muito grande. Ficar longe dos amigos, da escola e brincadeiras pode fazer com que elas se sintam desanimadas para continuar a terapia. Além disso, é comum que os pais sintam dificuldade para conversar com os filhos nesse momento. Saber como contar sobre o câncer, explicar como vai ser o tratamento e entender o que a criança está pensando são as principais preocupações.

Merula Steagall, presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), passou por uma experiência semelhante quando, aos 3 anos, foi diagnosticada com talassemia, espécie rara de anemia. Para suprir a ausência de glóbulos vermelhos no sangue, Merula se habituou desde pequena a fazer transfusões semanais. “Eu via nos meus próprios pais a dificuldade em explicar as etapas do tratamento. Eles me contavam muitas historinhas para me acalmar, mas me lembro de pensar por que eles estavam me falando essas histórias, eu sabia que não era isso”, diz.

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