Folks apresentou o Mapa da Transformação Digital dos Hospitais Brasileiros e apontou a gestão de dados e a cultura digital como principais desafios
Na última terça-feira (04), a Folks apresentou o DMI-H da FOLKS, um índice inédito para avaliar a maturidade digital das organizações de saúde, durante o tradicional Café da Manhã da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). E revelou os resultados do primeiro “Mapa da Transformação Digital dos Hospitais Brasileiros”, estudo realizado em uma amostra de 175 instituições entre 2019 e 2022.
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O CEO da Folks, Claudio Giulliano Alves da Costa, destacou que os participantes do mapa não formam uma representação estatística dos aproximadamente 6 mil hospitais do país e que, por isso, o retrato não deve ser tomado como uma indicação precisa da transformação digital no segmento.
Costa explicou o DMI-H como um “método que avalia a maturidade dos diferentes processos da instituição de saúde, definindo o seu nível na jornada digital, do básico ao avançado”. A ferramenta analisa o hospital em cinco domínios – serviços e aplicações, governança e estratégia, estrutura e cultura, infraestrutura e arquitetura e dados e informações – e duas dimensões – adoção tecnológica e preparação para a jornada digital. “Tudo estruturado em forma de questionário e autoavaliação”, esclareceu Luiz Virgínio Jr., consultor sênior em Saúde Digital na Folks.
O índice classifica os hospitais em quatro níveis: Tradicional (sem estratégia digital), Evolução (no início da jornada digital), Sofisticação (colhendo frutos da transformação), Inovação (níveis avançados em serviços digitais). O resultado geral da amostra foi 44,13% (de 0 a 100), o que coloca as instituições no grau Evolução, que apresenta algumas soluções digitais para os serviços mais básicos e conta com lideranças que compreendem a importância da transformação digital.
Em um recorte de 40 hospitais-membros da Anahp o resultado chegou a 51,45%, o que coloca a amostra no nível Sofisticação, com estratégia clara, engajamento relevante dos colaboradores no processo e boa parte dos serviços e aplicações no formato digital. E 5% das 40 organizações já se encontram no patamar Inovação, com meios para a criação de novos negócios baseados na tecnologia e avaliando o impacto em ciclos de melhoria contínua.
Considerando a amostra total, Virgínio Jr. argumentou que uma das principais condições para avançar do nível Evolução é “a capacitação e o aculturamento das equipes”. De acordo com o estudo, 68% dos hospitais não têm um programa para a capacitação sobre saúde digital para os colaboradores.
Felipe Reis, diretor de Saúde Digital da Folks, destacou que a gestão de dados e informações é o domínio que se encontra mais atrasado. “Já temos uma grande massa de dados, mas poucas instituições adquiriram capacidade de transformar essas informações em inteligência”, explicou.
O “Mapa da Transformação Digital dos Hospitais Brasileiros”, a partir de agora, será anual e vai servir para acompanhar a evolução nessa área, com aprimoramento das metodologias e aumento do número dos participantes.
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