Por André Cezar Medici, economista de saúde, consultor internacional, conselheiro do Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS) e editor do blog Monitor de Saúde.
O objetivo deste artigo é avaliar a relevância econômica do setor de saúde no Brasil, tomando em consideração sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos (2010-2017), de acordo com os dados mais recentes da Conta-Satélite de Saúde (CSS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicada em 2019 .
A abordagem da CSS parte da igualdade macroeconômica clássica entre consumo (ou despesa em saúde dos distintos agentes setoriais), produção (ou participação das distintas atividades em saúde na geração de valor adicionado) e renda (valor dos salários e remunerações que compõe a renda dos agentes setoriais). Como agentes setoriais, serão considerados o governo e as famílias (incluindo, nesse caso, as instituições sem fins lucrativos que proveem serviços de saúde para as famílias).
A análise abordará, ainda, o consumo final e intermediário do setor de saúde, tomando em conta os distintos insumos utilizados para a produção setorial, como produtos farmacêuticos e equipamentos médicos . As relações econômicas externas na área de saúde (importações e exportações) ao longo dos últimos anos também serão avaliadas, para verificar em que medida a dependência externa do setor tem se comportado no período analisado.
O artigo, em sua parte final, discutirá como a pandemia do novo coronavírus poderá afetar a economia e a produção na área de saúde, por meio de seu impulso no consumo final e intermediário de bens e serviços de saúde, podendo levar o setor a redefinir a sua contribuição no desenvolvimento nacional a partir de uma eventual retomada do crescimento econômico. (…)
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