Representada pelo diretor-executivo Antônio Britto, a Anahp participou na última segunda-feira (10/05) do Fórum de Saúde Brasil, promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico e revista Época. O debate proposto para a mesa, sob moderação da jornalista Flávia Oliveira, tratou da gestão dos hospitais nas diferentes fases da pandemia de covid-19, destacando a importância da parceria entre setores público e privado e os principais desafios enfrentados pelas instituições no período. Entre eles, as altas taxas de ocupação e tempo de internação, falta de recursos, necessidade de investimento em inovação e pesquisa, a chegada de novas tecnologias, vacinação, demanda represada de outras doenças e a necessidade de cuidado com a saúde mental de colaboradores.
Britto destacou o papel da pandemia como agravadora dos pontos de atenção do sistema de saúde brasileiro, já que colocou luz na necessidade de uma reforma profunda para aumentar a capacidade de atendimento e qualidade. “A pandemia apenas fotografa a realidade do Brasil agravada por erros absurdos que foram cometidos. Hoje só não nos encontramos em situação pior por causa dos hospitais, dos profissionais de saúde e da população que têm feito um esforço inacreditável de adaptação e criatividade”, afirmou o executivo.
O diretor também falou sobre a necessidade urgente de investimento em inovação, pesquisa e ciência no Brasil, baseado na falta de vacinas para atender à demanda do país e na experiência de hospitais associados com a falta insumos e medicamentos. “O Brasil consegue ter ilhas de excelência científica muito avançadas e, ao mesmo tempo, não ter um sistema de pesquisa e desenvolvimento avançado. Não tem política nacional que defina inovação como obrigação, o que nos obriga a ficar comprando vacinas, insumos, medicamentos etc. Nós estamos fracassando como uma país inovador quase em todos os campos”, declarou.
Também participaram do debate Roberto Rangel, diretor-geral do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla (RJ); Claudia Araujo, professora do Coppead/UFRJ e Joint Appointment da EAESP-FGV; e Emerson Gasparetto, diretor-geral de Negócios Hospitalares e Oncologia na Dasa. Os convidados também trouxeram para a pauta questões como a mudança no perfil epidemiológico dos hospitais na primeira e na segunda onda, falta de mão de obra capacitada, o legado da pandemia para o sistema e os desafios da alta demanda que, além de espaço físico, exige maior atenção dos profissionais e mais recursos para o cuidado.
Para assistir ao debate da íntegra, acesse: https://youtu.be/yh26RlNUbUE
