
No suplemento Especial Hospitais, do jornal Valor Econômico, publicado hoje (31/05), a Anahp, enquanto entidade representativa dos principais hospitais de excelência do país, é destaque como fonte de três reportagens. Os temas abordados são a crise do setor de saúde, o novo piso salarial da enfermagem e as novas regras do programa Mais Médicos.
Na matéria intitulada “Crise das operadoras atinge contas e planos de hospitais”, o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto, argumenta que aumentos no prazo de pagamento, questionamentos de faturas e descredenciamento de serviço estão entre as práticas das operadoras de planos de saúde que atingem diretamente as contas e planos dos hospitais. “A falta de dinheiro em caixa e os juros altos estão provocando adiamento generalizado de investimentos em equipamentos e novas instalações”, diz.
A matéria também destaca dados compartilhados pela Anahp sobre glosas – que subiram em média de 3,7% da receita líquida dos hospitais em 2021 para 4,5% em 2022 -, e prazo médio de pagamento – que aumentou de 68,5 dias para 73,5 dias no mesmo período. Para Britto “os planos estão usando nosso fluxo de caixa para resolver o deles”, e isso não resolve o problema. É necessário encontrar soluções envolvendo toda a cadeia de saúde. Leia mais na matéria completa.
A reportagem “Piso da enfermagem é mais um entrave para os convênios” destaca a crise vivida pelos planos de saúde e como a nova lei pode impactar o cenário da saúde suplementar – no ano passado, os prejuízos do setor foram estimados R$ 10,7 bilhões. À reportagem, Britto indicou como tendência a diminuição no número de beneficiários no curto prazo e um aumento da pressão sobre os hospitais. “A saúde suplementar não consegue novos beneficiários e para compensar reajusta os preços. Com isso, afasta mais ainda novos associados. Se a gente não enfrentar esses problemas, estaremos andando em círculos”, declarou.
Quando o novo piso da enfermagem entra em cena, a preocupação é como pagar – segundo cálculos da LCA Consultores, seriam necessários R$ 13,2 bilhões extras para atender os profissionais da enfermagem que atuam nos setores público e privado. E o temor é que os hospitais precisem tomar medidas como o fechamento significativo de leitos e demissões para arcar com o novo orçamento. No setor privado, apesar do crédito especial oferecido pelo governo federal, ainda não foram indicadas novos fontes de recursos. “O que estamos dizendo, desde o primeiro dia, é que não tem como pagar o piso se não forem indicadas fontes para tal. Não há condições de absorver um custo novo anual de R$ 6 bilhões”, resume Britto. Leia mais na matéria completa.
Na reportagem “Mais Médicos ganha vagas com nova versão”, a Anahp declara seu apoio ao programa, mas destaca que é necessário pensar a ampliação das regiões assistidas sem abandonar os critérios previstos na legislação sobre capacitação profissional dos médicos. Segundo Britto, “é preciso ampliar com qualidade e a forma ideal para isso passa pela constituição de um programa permanente que, ao criar carreiras de Estado, ofereça aos seus participantes perspectivas de desenvolvimento e crescimento profissional”. Leia mais na matéria completa.